terça-feira, 8 de julho de 2008

Trabalho Filosofia da Religião

Este trabalho visa esclarecer parte da ilusão que a religião prega a seus fiéis. Muita “realidade” deve ser denegrida e negada para ver claramente a mentira santificada e como a consciência foi transtornada. Questões como o valor da vida, como alcançar a felicidade, como ser uma pessoa justa e inteligente não podem ter base em pensamentos religiosos. Pois a vivência humana não existe em moldes, o ser humano está aí para “ser aí”. A relação do homem com o mundo é de construção, o homem constrói sua realidade que está sempre aberta ao devir.
Voltaire disse certa vez "o primeiro espertalhão encontrou o primeiro tolo" e a religião começou. Dessa forma podemos pensar que Paulo, o grande apóstolo “espertalhão” teve a brilhante idéia de criar o cristianismo por fins diversos que perduram até hoje, tanto bons quanto perversos, no sentido até mesmo exploratório. Sem contar no fato do machismo pregado pela religião, mas isso não vem ao caso da epistemologia.
Por outro ponto, o argumento ontológico continua a atrair a atenção, a existência de Deus pode ser provada a priori, isto é, bastando apenas a intuição e a razão, não sendo necessária, portanto, prova material, ou seja, a posteriori, porque sua comprovação material é a própria Criação. Os seres, ou criaturas, são entendidos a posteriori como efeitos particulares, sensíveis e inteligíveis, de causas, que são efeitos de outras causas, e assim sucessivamente, até uma causa primeira, criadora, de todo o Ser. Como coisa alguma pode ser causa de si mesma, um princípio criador fora do Ser tem de existir negativamente em relação a ele. Assim, o Ser (em grego, ontos) passa a ser a prova da existência de Deus, porque Deus é a causa do Ser.
Mas não é pelo fato de este Ser existir que devemos viver nos moldes de uma religião que queira nos escravizar. Deus... Ser... estão aí. E nós... somos aí. A religião foi criada pelo Homem moralista e não por Deus.
A rebelião escrava na moral começa quando o próprio ressentimento se torna criador e gera valores: o ressentimento dos seres aos quais é negada a verdadeira reação, a dos atos, e que apenas por uma vingança imaginária obtêm reparação.
Supondo que fosse verdadeiro o que agora se crê como “verdade”, ou seja, que o sentido de toda cultura é amestrar o animal de rapina “homem”, reduzi-lo a um animal manso e civilizado, doméstico, então deveríamos sem dúvida tomar aqueles instintos de reação e ressentimento, com cujo auxílio foram finalmente liquidadas e vencidas as estirpes nobres e os seus ideais, como os autênticos instrumentos da cultura.

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