sexta-feira, 10 de julho de 2009

Soneto Trancafiado



Encontro-me em estado diferente
Sabe-se que o sufoco é terrível
A vida imprevisível
E continuo com amor ausente

Caminhando em beco escuro
Segurado pela mão
Levei um safanão
Encontro-me no apuro

Não posso me libertar
Prestes a gritar estou
Trancafiado tenho que ficar

Mudança radical
Não na aparência
Mas no sentido mental

Deanne F. - 16/02/2000 - 01:30

Soneto da desilusão



Nem as senhoras, os senhores nem
Serão capazes de manchar os límpidos
Esperem e sonharão o que convém
Para sobreviverem aos ares insípidos

Nem nos dias, nas noites nem
Esses pobres matraqueiros falarão
Serão cartazes lidos por ninguém
Não notados nem mesmo no clarão

Bisbilhoteiros que bisbilhotam o alheio
Serão todos indignos de amor
Vivendo infelizes com a língua queimada na dor

O caráter depende de um sorteio
Deus decide qual será a cor
Não é culpa do arqueiro, aquele zombador

Deanne F. - 2004