terça-feira, 25 de maio de 2010
Dias de adeus
Não quero saber
De dissabores
De vis serás
Ou de clamores
Não quero mais saber
De sorte no gamão
Do desperdício de inspiração
Ou mesmo dos lençóis manchados de desilusão
Não quero saber
Do sentimento que destrói
Das lágrimas que corrói
Ou dos dias de adeus
Longe de mim
Não me conheço mais
Nem sei mais se quero me conhecer
Sei dos traços, das marcas, dos prantos
Longe de mim
O sol brilha
A tempestade passa sem me molhar
Tudo volta a melhorar
Nunca sei o que me aflige
O que me encerra
Onde começo e onde termino
O que fazer se até no que vejo não posso confiar?
Se meus olhos vêem coisas demais
Coisas que não tenho equilíbrio suficiente para suportar
Não me analise
Não toque em minha ferida
Deixe-me longe de mim
Hoje
terça-feira, 18 de maio de 2010
Prévia do que não devia ser
Vais para longe de mim
Sim, sinto
E me sufoco
E não me agüento
A angústia chega antes do tempo
Instaura
Não suporto
Loucuras hei de cometer
Enamorada
A luta contra o não ser
Apunhalando todos os descaminhos
Espada
Sim, sinto
E me sufoco
E não me agüento
A angústia chega antes do tempo
Instaura
Não suporto
Loucuras hei de cometer
Enamorada
A luta contra o não ser
Apunhalando todos os descaminhos
Espada
Fate
Mais um ser praticamente completo
Entre excentricidades e simplicidades
Ternamente plena
Alçando vôo nos horizontes mais esplêndidos
Sendo o que deveria ser
Sentindo o bem de estar ao lado de quem realmente importa
Não mais fontes tortuosas e derradeiras
O bom mesmo é estar vivenciando um sonho...
Solamente o que perturba é que o despertar existe
Eis aqui o último dia de vida
Acordando para o além morte
Depois nada mais importa
Só o beijo, o afago
E os hematomas de força maior
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Finitude
Constituindo a existência como uma história de vida
Nada mais triste do que viver no auto-esquecimento
Sem chances para a conformidade da derrota
Sem medo de errar
O maior erro aqui não tem vez
Atrelada no silêncio
Abraçando a solidão como maturação
Deixando os véus caírem naturalmente
Sem o pavor da pele fria e do pensar doente
Alma que canta... Doce, suave...
Alma que conversa com ela mesma
Silenciosa e branda
Aceitando o destino da dor
Na máxima intensidade
Viciando a existência
Em sua finitude
No mais profundo dos abismos
Nada mais triste do que viver no auto-esquecimento
Sem chances para a conformidade da derrota
Sem medo de errar
O maior erro aqui não tem vez
Atrelada no silêncio
Abraçando a solidão como maturação
Deixando os véus caírem naturalmente
Sem o pavor da pele fria e do pensar doente
Alma que canta... Doce, suave...
Alma que conversa com ela mesma
Silenciosa e branda
Aceitando o destino da dor
Na máxima intensidade
Viciando a existência
Em sua finitude
No mais profundo dos abismos
domingo, 9 de maio de 2010
Devaneio
Radioatividade da chuva lavando meu corpo
Palavras molhadas saindo da alma
Curiosidade motivada pelo mistério atraente
E um clima ameno temperando meu ser
Palavras molhadas saindo da alma
Curiosidade motivada pelo mistério atraente
E um clima ameno temperando meu ser
terça-feira, 4 de maio de 2010
Tocada
No movimento em que quando tudo se vai o mais forte se fortalece
Uma experiência única (?) de prazeres nos mais diversos sentidos
Uma chama que brilhou ante uma faísca de provocação
Pensando além sem temer o aquém
A comoção de não ter como entender
A ansiedade de não mais ter esperança de ter
É como se fosse uma alucinação realista
Uma dicotomia sangüinária
Uma experiência única (?) de prazeres nos mais diversos sentidos
Uma chama que brilhou ante uma faísca de provocação
Pensando além sem temer o aquém
A comoção de não ter como entender
A ansiedade de não mais ter esperança de ter
É como se fosse uma alucinação realista
Uma dicotomia sangüinária
Mais anotações filosóficas
- O horizonte aberto em que se pode tudo causa niilismo. Quanto mais se pode mais vontade causa. A sofreguidão de sempre querer mais e mais.
- A vontade não pode não querer.
- A vontade de poder quer vida.
- O niilismo é a atrofia da verdade. Quando ela quer tudo e já não sabe o que quer, a vida perde valor, todas as coisas têm o mesmo valor, o tédio toma conta de tudo e a vontade passa a querer o nada.
- No0 processo do niilismo entendemos como o homem se torna para além do homem: vontade de poder / eterno retorno / auto-superação.
- O nada do niilismo não é fundamento. É o nada contra o todo.
- Sou obrigado a crer firmemente que não creio.
- O atributo da minha divindade é minha própria vontade.
- Causa do niilismo: achar que pode tudo.
Mas ningém pode tudo.
Então gera-se um tédio, um fracasso.
O primeiro passo é se desacreditar.
E que supera isso se torna o homem ideal.
- A condição para o nascimento do super homem é a morte de Deus.
- O super homem é uma CONDIÇÃO que está sempre em esforço e eterno retorno.
- A vontade não pode não querer.
- A vontade de poder quer vida.
- O niilismo é a atrofia da verdade. Quando ela quer tudo e já não sabe o que quer, a vida perde valor, todas as coisas têm o mesmo valor, o tédio toma conta de tudo e a vontade passa a querer o nada.
- No0 processo do niilismo entendemos como o homem se torna para além do homem: vontade de poder / eterno retorno / auto-superação.
- O nada do niilismo não é fundamento. É o nada contra o todo.
- Sou obrigado a crer firmemente que não creio.
- O atributo da minha divindade é minha própria vontade.
- Causa do niilismo: achar que pode tudo.
Mas ningém pode tudo.
Então gera-se um tédio, um fracasso.
O primeiro passo é se desacreditar.
E que supera isso se torna o homem ideal.
- A condição para o nascimento do super homem é a morte de Deus.
- O super homem é uma CONDIÇÃO que está sempre em esforço e eterno retorno.
Anotações de uma aula sobre "Assim Falou Zaratustra" em 02/03/2009
- A doença do homem moderno é a vida.
- Lamentar o que não se é causa a incapacidade de não ver e darvalor ao que se é.
- De certa forma o ser que se dá no agora pensa ao mesmo tempo o passado e o futuro que é o agora.
- A humanidade superou Deus; agora o homem precisa superar o próprio homem.
- Quando se vê milhões de bichos te picando e sente que vê-los percebe o que é do que não é. Aí entra em cena o ser do não-ser e podemos colocar o vice-versa nesse caso.
- De onde pode se tornar tentativa de paz além do niilismo? AMOR
- A massa contra o solitário. Ele incomoda, assola, amedronta.
- Lamentar o que não se é causa a incapacidade de não ver e darvalor ao que se é.
- De certa forma o ser que se dá no agora pensa ao mesmo tempo o passado e o futuro que é o agora.
- A humanidade superou Deus; agora o homem precisa superar o próprio homem.
- Quando se vê milhões de bichos te picando e sente que vê-los percebe o que é do que não é. Aí entra em cena o ser do não-ser e podemos colocar o vice-versa nesse caso.
- De onde pode se tornar tentativa de paz além do niilismo? AMOR
- A massa contra o solitário. Ele incomoda, assola, amedronta.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Transfiguração
Transfigurando a dor em arte.
Mas não é qualquer dor
É só aquela de viver.
A arte como forma de tornar a existência digna de ser vivida, suportável, redimindo a dor.
E isso tudo envolvendo o esplêndor grego, aquela loucura dionisíaca.
Mas não é qualquer dor
É só aquela de viver.
A arte como forma de tornar a existência digna de ser vivida, suportável, redimindo a dor.
E isso tudo envolvendo o esplêndor grego, aquela loucura dionisíaca.
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