sexta-feira, 25 de março de 2016

Renovada

Relembrando escritos antigos
Me pego a pensar
As inspirações e os devaneios escritos onde foram parar?
Fui sugada por um marasmo de horizontalidade
Emoções foram esmagadas
Mas não sou psicopata
Os sentimentos gritam em mim
E eles querem sair
Expressados pelas belas palavras
Bem como é o destino natural para uma alma poética
Não adianta suplantar o que se é
Uma hora isso aparece
E eis que a inspiração de viver vence qualquer marasmo
Por mais negativo que se torne o meio
O ser que se é sempre dará forças para qualquer superação que houver de acontecer
Eis-me aqui, oh céus!

quinta-feira, 17 de março de 2016

Podemos tentar deixar as paixões de lado mas elas não nos deixam (Amor fati)

Dia desses a insanidade de um relacionamento tomou conta do meu dia. O ciúme corrompeu tudo e o que eu passei foi humilhação e desumanidade. Algo que acontece quando se tem certeza de que o amor não existe mais. Mas até aí ok. Depois dele sair de casa, eu comecei a beber. Bebi conhaque. Fazia tempo que eu não me deliciava em umas boas doses de conhaque. Bebi muito conhaque. Pelo que me lembro foram de 8 a 10 doses. Eu não queria tomar a garrafa toda, então lembrei que tinha uma vodka polonesa no congelador e a abri, lógico. Lembro de tomar duas enormes doses à lá russos. Imagine meu estado. Foi então que a insanidade me tomou e resolvi sair pelo mundo. Não aquela insanidade dos bêbados do dia a dia, mas sim uma insanidade que me deixou levar como há tempos não existia. Como a insanidade dos 20 anos. Fui para o terminal de ônibus. Entrei em um ônibus. Uma pessoa super social e pragmaticamente simpática. “Onde fica a cachoeira da felicidade?” Para lá eu queria ir. Me deparei com um ponto de ônibus vazio em um lugar deserto em meio a uma zona rural. Noite. Escuro. Estrada de chão. À pé. Sozinha. O mais estranho é que o medo foi amortecido pelo efeito do álcool. Comecei a andar em direção à escuridão. Sei que não iria chegar a lugar algum, mas a escuridão me chamava. Saí da estrada. Não enxergava absolutamente nada. Não sabia onde estava. Pisei na grama. Na lama. Percebi que tinha saído da estrada. Toquei na cerca e me situei de volta à estrada aos tombos. Bêbada. Tentei continuar indo em direção à escuridão, mas uma poça de lama me disse que não. Parei. Olhei para a direção de onde eu tinha partido e vi luz. Voltei. Fui em direção à luz. Encontrei novamente o ponto de ônibus vazio em meio ao nada. Sentei. Não deve ter passado nem 30 segundos e eu parti andando achando que nada nem ninguém iria passar por ali. Eis meu engano. Menos de dez passos ouvi o som de um ônibus vindo. Era o mesmo que tinha me levado e estava voltando. Consegui voltar viva dessa experiência insanamente tocante. Não me lembro de muita coisa depois disso. Comprei um pastel de carne, bacon e queijo. Perdi a garrafa de vodka.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Sendo...

Que tudo se exploda
E que o que vier a ser aconteça de forma inesperada
Pois o que quer que seja
Há de ser como o que será

Não é porque pensamos que algo vai acontecer que esse algo seja importante
O que não pensamos tem tanta possibilidade de ser quanto o que não se é pensado

Quem mede?
O nada talvez...