sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

SAUDADES MUITAS SAUDADES

Saudades dor que a gente sente
Da presença daquilo que sentimos ausente
Do bem que queremos sempre ter.
E a nos sempre faz falta no amanhecer

Minha alma esta repleta de terna saudade
Todo o meu Ser chora por ti Oh!... piedade!
Se o amor dói quando não estas por perto
Morre de saudade o meu pobre coração

Saudade de quem ficou distante
Acreditamos pensar assim
Mas tenho é saudades de mim
Do sujeito que eu era antes.

Saudade lembra ausencia
e nos causa muita dor
Lembra-nos de quem amamos
e da falta do nosso amor.

Saudades da alma minha que enterrada
Nas sombras ocultas do tempo
Um fruto do pecado permanente
Um amor proibido existente

Houve um tempo em que andei ausente
Não sei de quem, eu me esqueci.
Mas só depois que me encontrei em ti
Sei o que é viver o presente.

Saudades, sentimento sem existência
de alegria e o futuro sem aurora.
Invenção da língua portuguesa que agora
é gramática entendida por poucos

Como é essa dor, todos sabemos
É da dores, a que mais dói
Saudades! É mais ou menos
A ferrugem que nos corrói!

(12/09/2003 - 18:28)

Meu coração vai explodir
O sangue que pulsa ferve
As veias estão dilatando
Tenho sintomas de aneurisma

Não sinto saudades do verão
O frio me ameniza
Agora descobri a sonrisa
Com sintomas de harmonia

Nada de rima
O Moderno está acima
Não preciso rimar
Para ter belos versos
Se os conservadores são contra
Todos têm esse direito
Eu o meu
Escrever o que me vem
Intervir no que convém

Poison of Flower (18/08/2003)

Estávamos juntos na aventura
Um país de negros conflituosos
Mortos seríamos de qualquer forma
Você preferia ser mutilado
Eu jamais aceitaria isso
Encontramos flores venenosas
Bebemos a poção no cálice da natureza
Até certo ponto não morremos
Apenas continuamos nos delírios

Poison of Flower (18/08/2003)

África:
Eu e H. víamos de um ângulo muito proporcional.
Passávamos por uma cidade em guerra.
Víamos crianças atirando e sentimos medo.
Passamos ao lado de um menino que estava em um telefone público.
Foi aí que percebi que poderíamos ser um tipo de microcâmera que voava, pois seguia uma linha reta.
Um cara de bicicleta passou e mostrou a mão com o polegar para baixo em sinal de morte.
Podíamos ser vistos.
Ficamos apavorados.
H. falou que sabia o que fazer e ví uma mulher com os braços mutilados.
Eu disse que teriamos outra saída.
Tinha mais duas pessoas conosco.
Vimos uma mulher entrar em uma plantação de flores enormes, brancas e rosas.
Ela abriu uma flor e chupou o mel para morrer.
Outra mulher que estava conosco chamou-nos para fazer o mesmo.
E fizemos...

Estávamos sentados em um local ao lado de uma sala cheia de gente assistindo uma palestra.
Eu sentei bem na divisa e tinha uma pessoa separando eu e H. no banco.

Mas antes, tomando o veneno da flor, eu falei:
- Senta aqui para morrermos tragicamente.

Tentei conversar com um garoto da palestra.
Eu perguntava se ele era americano, mas ele não entendia inglês.
Foi então que ele saiu da palestra e veio me abraçar, mas este era o H.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Deuses

Todo deus é uma criação humana na qual o homem tenta formular a perfeição.
Uma criação para o homem se sentir pequeno, menor do que o homem, que é seu próprio deus.

O Deus cristão é um modelo para controlar o homem e deixá-lo culpado.

A liberdade está em acreditar no que quiser sem ser escravo da crença.

Acredito nos deuses celtas, gregos, romanos, egípcios e tantos outros. Sugo um pouco de cada para alimentar a minha deusa pessoal. Mas não tenho nenhuma obrigação com relação a isso. Apenas vivo.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Novas sensações

Mais uma nova sensação.
Gosto disso!
Na verdade acho que são essas novas sensações, esses novos sentires que me mantêm viva.
Tudo estava calmo, monótono, sem sentido... Aquela sensação estranha da falta de algo.
E brotam cinco cariocas e um californiano aqui para deixarem minha vida mais colorida e socorrer uma poeta daquele poço sem fundo.
Foram ótimas todas as horas... As tímidas, as alegres, as semi-bêbadas, as cansativas, as divertidas, as loucas, as prazerosas, as incompreendidas, as novas... Enfim... Momentos vividos que não serão esquecidos facilmente.
Quando se pensa que não há nada de bom, nada de novo é aí que se está mais enganado.
A realidade prega peças e eu vou buscando cada uma delas para continuar sorrindo.
:D

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Candy


Toda essa angústia que as pequeninas cositas nos causam tornam a vida causticante e sem interesse. Por um momento é interessante pensar em viver num eterno torpor, mas sabemos que isso é impossível. O torpor dura algumas horas e depois voltamos ao estado de imensa depressão com relação à vida sem a alegria passageira da ilusão de felicidade criada por meras substâncias nocivas.
E se eu quiser viver com essa impaciência e essa angústia?
Não, ninguém quer. Isso afasta-nos de quem amamos.
O que trato aqui é da impossibilidade de viver tranquilamente depois de ter provado o quanto é boa a ilusão de bem estar causada pelo torpor. Por mais que isso nos faça para de comer e vomitar, sentir dores e não conseguir pensar.
A verdade é que não sabemos se ainda temos escolha ou chance de viver de outro modo.