sábado, 7 de novembro de 2009

Você não sai da minha cabeça

Você não sai da minha cabeça
Vem pelo fio do telefone
Vem pelo radio em alto-falante
A minha rua tem o seu nome você não sai
Um visgo quente que me aprisiona
Esse sorriso que me espreita
Você é quem muda o meu semblante
É tudo que me atormenta
Você não sai
Que eu nem posso fechar os olhos
Eu tenho medo de andar nas ruas
Eu tenho medo de sair de casa
Medo quando estou de cara
Eu tenho medo de ouvir sua fala eu tenho medo de encontrar você

Eu tenho medo você não me trás sorte
De peito aberto eu levo a vida
Eu corro estradas eu vivo de sonhos
Mas de você eu morro de medo
Você não sai
Minha cabeça é só doideira
Noites perdidas bebendo vinho
Você pra mim tem rosto de santa
De tão bonita me sinto feio
Você não sai

Quando te vejo minha alma arde
Você por perto sinto calor
Como um filme do Almodóvar
Tenho receio do que me causou
Você não sai da minha cabeça
Eu tenho medo de encontrar você

Escuto a sua voz
O seu cabelo tem a cor do sol
Sua pupila escura como a noite
Os seus lábios vermelhos em carne
Você não sai
É tão pulsante o meu desejo
Quando seu cheiro no vento me vem
E destrutiva essa minha vontade
Tão estúpida que não me faz bem
Você não sai
A sua pele me da choque
O seu gozo é um sucesso
Se você chega eu me perco nas horas
A minha vida já virou um inferno
Você não sai da minha cabeça
Eu tenho medo de encontrar você

(Nunca ouvi essa música, mas achei a letra a cara dela)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mechanical Animals dostoievskiano


“O principal, que deixava todo mundo aflito, era que de toda aquela barafunda não se conseguia concluir nada que tivesse um sentido geral e servisse de elo. É difícil imaginar a que conclusões e a que anarquia do pensamento chegaria finalmente a nossa sociedade, em pânico de tanto medo, (...).”

Pg. 645 - “Os Demônios” – Dostoievski

Isso também pode ser observado nos dias de hoje. As pessoas em geral já não pensam por si mesmas, estão presas a tudo o que vêem nos meios de comunicação e antes de digerir a informação, agregam aquilo ao pavor de sofrer.
Por conseqüência, toda violência retratada (e muitas vezes exagerada) pela mídia acaba que aprisionando os indivíduos dentro de si mesmos, o que em geral acarreta em paranóias, conservadorismo exagerado, tensão, estresse, entre outros males.
O ser humano pode muito bem ter um pouco mais de bom senso (mesmo que isso não seja fácil), pensar no que seu cérebro digere, refletir sobre o que chega até ele.
Atualmente as pessoas parecem cansadas de pensar. O niilismo é tanto que mecanizou o ser humano.

(Uma das idéias da minha monografia.)

domingo, 13 de setembro de 2009

Ganhei meu domingo!


Diana
Paul Anka

I'm so young and you're so old
This, my darling, I've been told
I don't care just what they say
'Cause forever I will pray
You and I will be as free
As the birds up in the trees
Oh, please stay by me, Diana

Thrills I get when you hold me close
Oh, my darling, you're the most
I love you but do you love me
Oh, Diana, can't you see
I love you with all my heart
And I hope we will never part
Oh, please stay with me, Diana

Oh, my darlin', oh, my lover
Tell me that there is no other
I love you with my heart
Oh-oh, oh-oh, oh-oh
Only you can take my heart
Only you can tear it apart
When you hold me in your loving arms
I can feel you giving all your charms
Hold me, darling, ho-ho hold me tight
Squeeze me baby with-a all your might
Oh, please stay by me, Diana
Oh, please, Diana
Oh, please, Diana
Oh, please, Diana

domingo, 30 de agosto de 2009

"O Vôo da Águia, A Ascensão da Montanha"


Segundo Nietzsche, o cristianismo concebe o mundo terrestre como um vale de lágrimas, em oposição ao mundo da felicidade eterna do além. Essa concepção constitui uma metafísica que, à luz das idéias do outro mundo, autêntico e verdadeiro, entende o terrestre, o sensível, o corpo, como o provisório, o inautêntico e o aparente. Trata-se, portanto, diz Nietzsche, de “um platonismo para o povo”, de uma vulgarização da metafísica, que é preciso desmistificar. O cristianismo, continua Nietzsche, é a forma acabada da perversão dos instintos que caracteriza o platonismo, repousando em dogmas e crenças que permitem à consciência fraca e escrava escapar à vida, à dor e à luta, e impondo a resignação e a renúncia como virtudes. São os escravos e os vencidos da vida que inventaram o além para compensar a miséria; inventaram falsos valores para se consolar da impossibilidade de participação nos valores dos senhores e dos fortes; forjaram o mito da salvação da alma porque não possuíam o corpo; criaram a ficção do pecado porque não podiam participar das alegrias terrestres e da plena satisfação dos instintos da vida. “Este ódio de tudo que é humano”, diz Nietzsche, “de tudo que é ‘animal’ e mais ainda de tudo que é ‘matéria’, este temor dos sentidos... este horror da felicidade e da beleza; este desejo de fugir de tudo que é aparência, mudança, dever, morte, esforço, desejo mesmo, tudo isso significa... vontade de aniquilamento, hostilidade à vida, recusa em se admitir as condições fundamentais da própria vida.”

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Soneto Trancafiado



Encontro-me em estado diferente
Sabe-se que o sufoco é terrível
A vida imprevisível
E continuo com amor ausente

Caminhando em beco escuro
Segurado pela mão
Levei um safanão
Encontro-me no apuro

Não posso me libertar
Prestes a gritar estou
Trancafiado tenho que ficar

Mudança radical
Não na aparência
Mas no sentido mental

Deanne F. - 16/02/2000 - 01:30

Soneto da desilusão



Nem as senhoras, os senhores nem
Serão capazes de manchar os límpidos
Esperem e sonharão o que convém
Para sobreviverem aos ares insípidos

Nem nos dias, nas noites nem
Esses pobres matraqueiros falarão
Serão cartazes lidos por ninguém
Não notados nem mesmo no clarão

Bisbilhoteiros que bisbilhotam o alheio
Serão todos indignos de amor
Vivendo infelizes com a língua queimada na dor

O caráter depende de um sorteio
Deus decide qual será a cor
Não é culpa do arqueiro, aquele zombador

Deanne F. - 2004

terça-feira, 21 de abril de 2009

Nicolai Berdiaeff - "O Espírito de Dostoiévski"

"O individualiamo excessivo, o isolamento, a revolta contra a harmonia exterior do mundo são as primeiras manifestações do homem libertado. Desenvolve-se nele um amor próprio doentio que o faz descobrir regiões subjacentes de seu ser."

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Fichamento comentado do artigo “A Liberdade em Dostoiévski” por Stefano Zurlo



Pg.2 – “Essas palavras são de capital importância: se nós não aceitamos mais a criação, somos obrigados a matar o pai, Deus, para reivindicar a nossa liberdade.”

Este trecho refere-se a uma passagem de “Os Irmãos Karamazov” de Dostoievski.
Aqui se encontra em primeira instância a morte de Deus que liga Dostoievski a Nietzsche acerca da questão do niilismo, pois para Nietzsche a morte de Deus é o fundamento do niilismo.
O homem que quer ser realmente livre deve perder o medo da morte, pois o homem criou Deus por causa desse medo. De forma que só com a inexistência de Deus esse medo pode se esvair e o homem enfim se sentir liberto de qualquer impedimento para suas vontades de poder.

Pg.2 - “A morte de Deus leva à abolição das regras, ao ‘tudo é permitido’. E o homem, aparentemente livre, mete-se num beco sem saída. Delimitado pelas fronteiras da tragédia humana e coletiva.”

O lado realista do niilismo pode ser lido nesse trecho. O que chamo de niilismo ativo, onde o homem renegando os valores metafísicos redireciona a sua força vital para a destruição da moral. No entanto, após essa destruição, tudo cai no vazio: a vida é desprovida de qualquer sentido, reina o absurdo e o niilista não pode ver outra alternativa senão esperar pela morte ou até mesmo provocá-la. Entretanto, esse final não é, para Nietzsche, o fim último do niilismo: no momento em que o homem nega os valores de Deus, deve aprender a ver-se como criador de valores e no momento em que entende que não há nada de eterno após a vida, deve aprender a ver a vida como um eterno retorno: sem isso o niilismo será sempre um ciclo incompleto.

Pg. 2 - “A liberdade como arbítrio é representada em ‘Os Demônios’ por Kirillov. Kirillov é um personagem extraordinário, que vive sob o signo da totalidade. Nega a Deus e, como conseqüência, afirma sua própria divindade, realizando assim a profecia de Feuerbach: homo homini deus (o homem é deus para o homem). E para demonstrar até o fim a sua força, Kirillov não hesita em realizar o gesto supremo, o suicídio, que desafia todos os limites e medos.”

Kirilov é o niilista em pessoa (ou em personagem) na obra “Os Demônios” de Dostoiévski. Como pode ser apreendido nesse trecho ele nega a Deus e se liberta dos medos metafísicos do além vida. Torna-se deus de si de forma que a vida não possui a moral cristã que enche o homem de grilhões. E ainda se rebela niilistamente dentro de si através do suicídio.

Fenomenalismo


Em epistemologia, o fenomenalismo, denominado também fenomenismo, é a concepção, segundo a qual somente podemos conhecer os fenômenos, mas não o próprio ente (a coisa em si). Se se nega completamente a existência de coisas, o termo "fenômeno" (o que aparece) perde propriamente seu sentido, pois que, em tal hipótese, nada há que "apareça". Neste caso, é preferível falar de idealismo (empirista). Portanto, o fenomenalismo propriamente dito, exige, em oposição ao idealismo epistemológico, a existência de coisas independentes do pensamento, contudo permanece sendo incognoscível para nós o que elas são em si. Por esta última característica, o fenomenalismo distingüe-se do realismo.

Nossa consciência recebe impressões provenientes das coisas, nas quais estas nos aparecem em conformidade com a peculiaridade do sujeito, e tais impressões passivamente recebidas são o objeto de nosso conhecimento. Isto diferencia o fenomenalismo tanto do realismo quanto do idealismo propriamente dito (não puramente empírico), segundo o qual o objeto é produzido ativamente pelo pensamento. Como o fenômeno pode ser diferente, consoante a peculiaridade do sujeito, e no fenomenalismo é "verdadeiro" o que aparece conseqüentemente o fenomenalismo é uma forma de relativismo. Muitas vezes, o fenomenalismo restringe-se só ao conhecimento do mundo exterior, conservando para o mundo interior da consciência a concepção realista do conhecimento. Em todo caso, o fenomenalismo circunscrito ao conhecimento do mundo externo refuta-se com os mesmos argumentos que servem para demonstrar a cognoscibilidade deste.

O fenomenalismo não pode ser confundido com fenomenologia. A fenomenologia, diferentemente do fenomenalismo, examina a relação entre a consciência e o Ser. Para o Fenomenalismo, tudo que existe são as sensações ou possibilidades permanentes de sensações, que é aquilo a que chamam fenômeno. É materialista. O fenomenólogo, diferentemente do fenomenalista, precisa prestar atenção cuidadosa ao que ocorre nos atos da consciência, que são o que ele chama fenômeno.

Enfim, o fenomenalismo é o conceito de que os objetos físicos não existem como coisas em si, mas apenas como fenômenos perceptuais ou estímulos sensoriais (por exemplo: vermelhidão, dureza, maciez, doçura etc.) situados no tempo e no espaço. O fenomenalismo reduz o discurso sobre objetos físicos existentes no mundo exterior ao discurso sobre os dados dos sentidos.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Caspar David Friedrich, Kreidefelsen auf Rügen



Sublime... Assombroso...

- O reconhecimento de nossa insignificância: a consciência histórica é a projeção da maturidade ao longo do tempo.

- O conhecimento da história ajuda a corrigir a inclinação normal da adolescência de relacionar o mundo para si mesmo, em vez de relacionar-se com o mundo.

- A consciência histórica requer um distanciamento e um certo deslocamento (mover-se para trás e para frente entre humildade e dominação).

- Dominamos (conhecemos) uma paisagem quando nos sentimos insignificantes.

terça-feira, 24 de março de 2009

Viajante junto ao mar de névoa


O viajante junto ao mar de névoa [1818]. Óleo sobre tela de Caspar David Friedrich [1774-1840]

A projeção de nossa insignificância ao longo do tempo: a consciência histórico-filosófica

A impressão do quadro "O viajante sobre o mar de névoa":

1 - Domínio sobre uma paisagem e insignificância diante dela. Isso causa solidão e angústia.
2 - O significado da consciência histórica e o poder da metáfora.
3 - Viramos as costas para onde estamos indo e focalizamos nossa atenção.
4 - Nos orgulhamos de não tentar predizer o futuro.

°As pessoas sentem dificuldade em afirmar coisas atualmente. Parece um medo de ser desmentido.

5 - Nunca possuiremos o passado, assim como o tempo.
6 - Os fatos são inacessíveis. Só podemos representá-los.
7 - Podemos retratar o passado como uma paisagem.
8 - Especulamos seu significado.
9 - A melhor forma de entender os eventos e ter um amplo horizonte.
10 - "O viajante" de Friedrich eleva seu espírito e amplia sua experiência.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

SAUDADES MUITAS SAUDADES

Saudades dor que a gente sente
Da presença daquilo que sentimos ausente
Do bem que queremos sempre ter.
E a nos sempre faz falta no amanhecer

Minha alma esta repleta de terna saudade
Todo o meu Ser chora por ti Oh!... piedade!
Se o amor dói quando não estas por perto
Morre de saudade o meu pobre coração

Saudade de quem ficou distante
Acreditamos pensar assim
Mas tenho é saudades de mim
Do sujeito que eu era antes.

Saudade lembra ausencia
e nos causa muita dor
Lembra-nos de quem amamos
e da falta do nosso amor.

Saudades da alma minha que enterrada
Nas sombras ocultas do tempo
Um fruto do pecado permanente
Um amor proibido existente

Houve um tempo em que andei ausente
Não sei de quem, eu me esqueci.
Mas só depois que me encontrei em ti
Sei o que é viver o presente.

Saudades, sentimento sem existência
de alegria e o futuro sem aurora.
Invenção da língua portuguesa que agora
é gramática entendida por poucos

Como é essa dor, todos sabemos
É da dores, a que mais dói
Saudades! É mais ou menos
A ferrugem que nos corrói!

(12/09/2003 - 18:28)

Meu coração vai explodir
O sangue que pulsa ferve
As veias estão dilatando
Tenho sintomas de aneurisma

Não sinto saudades do verão
O frio me ameniza
Agora descobri a sonrisa
Com sintomas de harmonia

Nada de rima
O Moderno está acima
Não preciso rimar
Para ter belos versos
Se os conservadores são contra
Todos têm esse direito
Eu o meu
Escrever o que me vem
Intervir no que convém

Poison of Flower (18/08/2003)

Estávamos juntos na aventura
Um país de negros conflituosos
Mortos seríamos de qualquer forma
Você preferia ser mutilado
Eu jamais aceitaria isso
Encontramos flores venenosas
Bebemos a poção no cálice da natureza
Até certo ponto não morremos
Apenas continuamos nos delírios

Poison of Flower (18/08/2003)

África:
Eu e H. víamos de um ângulo muito proporcional.
Passávamos por uma cidade em guerra.
Víamos crianças atirando e sentimos medo.
Passamos ao lado de um menino que estava em um telefone público.
Foi aí que percebi que poderíamos ser um tipo de microcâmera que voava, pois seguia uma linha reta.
Um cara de bicicleta passou e mostrou a mão com o polegar para baixo em sinal de morte.
Podíamos ser vistos.
Ficamos apavorados.
H. falou que sabia o que fazer e ví uma mulher com os braços mutilados.
Eu disse que teriamos outra saída.
Tinha mais duas pessoas conosco.
Vimos uma mulher entrar em uma plantação de flores enormes, brancas e rosas.
Ela abriu uma flor e chupou o mel para morrer.
Outra mulher que estava conosco chamou-nos para fazer o mesmo.
E fizemos...

Estávamos sentados em um local ao lado de uma sala cheia de gente assistindo uma palestra.
Eu sentei bem na divisa e tinha uma pessoa separando eu e H. no banco.

Mas antes, tomando o veneno da flor, eu falei:
- Senta aqui para morrermos tragicamente.

Tentei conversar com um garoto da palestra.
Eu perguntava se ele era americano, mas ele não entendia inglês.
Foi então que ele saiu da palestra e veio me abraçar, mas este era o H.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Deuses

Todo deus é uma criação humana na qual o homem tenta formular a perfeição.
Uma criação para o homem se sentir pequeno, menor do que o homem, que é seu próprio deus.

O Deus cristão é um modelo para controlar o homem e deixá-lo culpado.

A liberdade está em acreditar no que quiser sem ser escravo da crença.

Acredito nos deuses celtas, gregos, romanos, egípcios e tantos outros. Sugo um pouco de cada para alimentar a minha deusa pessoal. Mas não tenho nenhuma obrigação com relação a isso. Apenas vivo.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Novas sensações

Mais uma nova sensação.
Gosto disso!
Na verdade acho que são essas novas sensações, esses novos sentires que me mantêm viva.
Tudo estava calmo, monótono, sem sentido... Aquela sensação estranha da falta de algo.
E brotam cinco cariocas e um californiano aqui para deixarem minha vida mais colorida e socorrer uma poeta daquele poço sem fundo.
Foram ótimas todas as horas... As tímidas, as alegres, as semi-bêbadas, as cansativas, as divertidas, as loucas, as prazerosas, as incompreendidas, as novas... Enfim... Momentos vividos que não serão esquecidos facilmente.
Quando se pensa que não há nada de bom, nada de novo é aí que se está mais enganado.
A realidade prega peças e eu vou buscando cada uma delas para continuar sorrindo.
:D

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Candy


Toda essa angústia que as pequeninas cositas nos causam tornam a vida causticante e sem interesse. Por um momento é interessante pensar em viver num eterno torpor, mas sabemos que isso é impossível. O torpor dura algumas horas e depois voltamos ao estado de imensa depressão com relação à vida sem a alegria passageira da ilusão de felicidade criada por meras substâncias nocivas.
E se eu quiser viver com essa impaciência e essa angústia?
Não, ninguém quer. Isso afasta-nos de quem amamos.
O que trato aqui é da impossibilidade de viver tranquilamente depois de ter provado o quanto é boa a ilusão de bem estar causada pelo torpor. Por mais que isso nos faça para de comer e vomitar, sentir dores e não conseguir pensar.
A verdade é que não sabemos se ainda temos escolha ou chance de viver de outro modo.