quarta-feira, 9 de julho de 2008

Correr da Morte

Quantos sonhos desperdiçados terei que ter para poder tornar-me o que devo ser?

Não me resta mais tempo.

A morte está aqui do meu lado querendo me levar para não sei onde.

Não me resta mais destino.

Só o olhar para a leve chuva de inverno que cai.

Escavo... Escavo... Escavo...

Os dedos sangram.

Já não tenho mais unhas.

Vou penetrando nesta terra de ninguém antes que alguém me descubra deste monte de terra.

Lugar abafado e claustrofóbico.

Mas é o único onde posso estar.

Falecido.

09/07/2008 – 10:00

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