terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Candy


Toda essa angústia que as pequeninas cositas nos causam tornam a vida causticante e sem interesse. Por um momento é interessante pensar em viver num eterno torpor, mas sabemos que isso é impossível. O torpor dura algumas horas e depois voltamos ao estado de imensa depressão com relação à vida sem a alegria passageira da ilusão de felicidade criada por meras substâncias nocivas.
E se eu quiser viver com essa impaciência e essa angústia?
Não, ninguém quer. Isso afasta-nos de quem amamos.
O que trato aqui é da impossibilidade de viver tranquilamente depois de ter provado o quanto é boa a ilusão de bem estar causada pelo torpor. Por mais que isso nos faça para de comer e vomitar, sentir dores e não conseguir pensar.
A verdade é que não sabemos se ainda temos escolha ou chance de viver de outro modo.

Um comentário:

Rodrigo disse...

Talvez existam muito mais substâncias alucinatórias do que nós cremos. Não dá pra passar a vida em torpor, mas quem extrai o torpor de conversas empolgantes,m passeios noturnos, poesia, uma boa música, enfim... tudo isso, vive um pouco mais com os pés fora da ilusão convencional que chamamos de realidade....