Não que eu queira o suicídio,
Mas os momentos escalafobéticos têm me dado sensações estranhas
Sinto falta do cheiro do orvalho
Das canções que não querem dizer nada
Ah... aqueles dias em que eu via o sangue dos inocentes
Eram tristes e pesarosos
Saciavam os tormentos de uma vida sem sentido
Hoje eu não estava agüentando ficar trancafiada
Saí perdida pelas ruas
O álcool disse que queria me acompanhar
Eu apenas aceitei
Eu estava jogada na sarjeta da vida
A noite apenas me abraçou
Quem dera encontrar os perdidos insanos
Teria com o que me distrair
Mas eu não nego
Que a vida cobra o seu sentido
E nós somos obrigados a dá-lo
Mesmo que de forma atormentante
Jogamos palavras no vazio de uma existência
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